Por Amílcar Silveira, presidente da Faec
Artigo de opinião publicado no jornal O Povo de 28/12/2022
A partir de agora, Elmano de Freitas é o governador de todos os cearenses. A nossa expectativa é positiva para o novo governo. Avançamos muito nesses últimos meses, durante a curta gestão da governadora Izolda Cela, que olhou com sensibilidade para o setor agropecuário, marcando época na Federação. Para citar apenas um exemplo, a governadora Izolda fez com que o processo de outorga de água, que era de 211 dias, passasse para 7 dias, ou menos. Isso foi muito importante para nós. Agora precisamos dar continuidade a esse trabalho e avançar ainda mais.
O agro cearense precisa de segurança jurídica, de menos burocracia, e de mais celeridade no processo de concessão de licenças ambientais, sem as quais o produtor rural não consegue acessar linhas de crédito para financiar suas atividades. Já nos reunimos com o futuro governador Elmano, que mostrou domínio do cenário e das estatísticas da agropecuária cearense. Acredito que, juntos, podemos cooperar para atender melhor o nosso produtor rural.
Hoje, o segmento da agricultura familiar tem 848 mil hectares no Ceará, entretanto, pouco mais de 10% dessa área é utilizada. Queremos ajudar essas pessoas a utilizar mais as terras que têm. Portanto, não há mais espaço para invasão de terras e eu tenho certeza de que o governador será nosso parceiro.
Todos nós pensamos no desenvolvimento do Ceará e isso passa necessariamente pelo setor agropecuário, uma vez que 22% da população cearense está em áreas rurais e 66% na pobreza. O governador que quiser diminuir a pobreza no Ceará terá de investir na área rural e tenho certeza de que o governador Elmano será sensível a isso.
O agronegócio no Brasil é gigante, mas no Ceará ainda não avançou como deveria avançar. Então vamos trabalhar para desenvolver todo o potencial da agropecuária cearense. Para isso, queremos fazer parcerias com o novo governo para construir um futuro juntos. O governador Elmano terá pela frente uma grande oportunidade, que é contribuir para o surgimento de uma nova classe média rural pujante no Ceará. É isso que a gente precisa, é o que nós esperamos. Essa é a nossa expectativa.
