O Projeto de Fertilização in Vitro (FIV) do Ceará, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) em parceria com o Sebrae, deverá adicionar cerca de 500 mil litros de leite por dia no Estado, o que representa um incremento de 25% na produção cearense, que hoje é de aproximadamente 2 milhões de litros diários.

O processo de inseminação artificial, voltado para o melhoramento genético do rebanho leiteiro no Estado, está sendo realizado, inicialmente, em Milhã e Senador Pompeu, municípios que já são referência no uso de tecnologia de fecundação in vitro sexada.

“A nossa ideia é adicionar 500 mil litros de leite diariamente no Ceará, a partir da implantação desse projeto em Milhã”, disse o presidente da Faec, Amílcar Silveira, durante a 1ª Rodada de Negócios da Bovinocultura de Leite, realizada em Milhã, no último sábado (7).

Por meio da fertilização in vitro, é possível gerar um número maior de embriões com alto valor genético, o que representa redução dos custos do processo de prenhez e aumento do número de matrizes utilizadas como receptoras.

O melhoramento genético do rebanho eleva produtividade e qualidade do leite, beneficiando não apenas o produtor, mas também todos os consumidores de leite e derivados. “Foram feitos mais de 560 embriões, o que tem proporcionado uma melhora em torno de 40% no preço do leite”, diz Amílcar Silveira ao destacar a geração de renda ao produtor.

“A expectativa é de que o melhoramento genético seja rapidamente assimilado pelos produtores rurais cearenses. Vamos levar esse exemplo para todo o Ceará e fazer essa transformação na pecuária leiteira no Estado”, diz o presidente da Faec.