Realizado em São Paulo, nos dias 25 e 26/10/2016, no Transamérica EXPOR CENTER, o 1º Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio, contou com a participação de uma caravana do Ceará, composta por mulheres produtoras rurais e colaboradoras do Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL, com o apoio do SEBRAE/CE.
Compuseram a Caravana as produtoras rurais, Maria Zimar de Jaguaribe, Fátima Fernandes do Crato, Eleneide Brilhante e Lúcia Costa, de Barreira, Márcia Rocha de Sobral e a participante do Programa CNA JOVEM, Thalita Thabata, de Quixeramobim e as colaboradoras do Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL Maria Nilza Luna Lucas e Francisca Ivonisa Holanda de Oliveira.
O Congresso foi um marco histórico e um dos pontos altos, sem dúvida, foi a apresentação da pesquisa inédita, com o título “Mulheres no Agronegócio Brasileiro”, que foi encomendada pela Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG e realizada pela agência Fran6, as mais de 750 mulheres do Brasil inteiro, presentes ao evento.
A pesquisa revelou que, embora a ambiência do agronegócio tenha a predominância masculina, as mulheres ganham cada vez mais espaço e as que hoje atuam no setor são preparadas, conectadas, comunicativas, abertas à inovação tecnológica e com uma visão mais abrangente do negócio.
A Agência Fran6, que entrevistou 301 mulheres, disse ter direcionado questionários a produtoras de todo país, mas a maioria foi respondida por produtoras rurais do Centro Oeste, Sudeste e Sul do país.
Alguns números da pesquisa:
60% das mulheres entrevistadas são graduadas; 25% pós-graduadas; 88% independentes financeiramente; 71% já foi alvo de discriminação pelo fato de ser mulher na atividade; 60% conectam-se a web todos os dias, superando inclusive o índice nacional que é de 48%, e 80% são usuárias das redes sociais.
As principais dificuldades apontadas são: não serem obedecidas pelos empregados (43%); a resistência da família quando manifestam interesse pelo negócio (41%); solidão em um ambiente majoritariamente masculino (27%)..
O perfil da produtora brasileira revelado na pesquisa segue a dinâmica nacional, no que concerne a atividades dentro do agronegócio, com a maior presença de mulheres na produção de grãos.
Aspectos comportamentais também foram revelados pela pesquisa e as novas produtoras revelaram que não necessitam tocar o negócio da mesma forma que era no passado, dizem entender que os resultados gerados pela atividade devem beneficiar proprietários, trabalhadores, meio ambiente, animais e o planeta.
As nossas produtoras voltaram decididas a apresentar ao Presidente da FAEC e a sua Diretoria, o projeto de criação do primeiro Núcleo de Produtoras Rurais da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, por entenderem, a necessidade e a urgência de organizarem-se para um maior fortalecimento da classe no Ceará