Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL

PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE E DO SENAR-CE REPUDIA INICIATIVA DO GOVERNO DE RETIRAR RECURSOS DO SISTEMA S

A investida do governo federal sob a pretensão de cortar gastos no orçamento de 2016  retirando 30% do Sistema S, que inclui o Senac, Sesc, Senar e Sebrae, foi repudiada pelo Presidente dos Conselhos  Deliberativos do Sebrae-Ce e do Senar-CE, Flávio Viriato de Saboya Neto, que está na Bahia participando do AGROPEC Semiárido e do IV Congresso Brasileiro da Palma Forrageira e outras Cactáceas, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia. Segundo Saboya, o assunto foi levantado pelos presidentes de federações presentes ao evento que conta com a participação do Presidente da Confederação  da Agricultura  e Pecuária do Brasil – CNA, causando uma grande apreensão com  os rumos que serão tomadas com essa medida drástica.

Eu não acredito que seja imposto esse sacrifício ao segmento produtivo que mais gera receita e empregos no Brasil, como é o caso do Sebrae, onde os pequenos negócios representam 27% do PIB nacional, disse Flávio Saboya. O meu posicionamento é de que, no momento de crise econômica que o Brasil enfrenta aonde o Sebrae tem um papel importantíssimo na requalificação do micro e pequeno empreendedor, produtores e comerciantes, essa medida vem prejudicar ainda mais os pequenos a se manterem.

Ele saiu também em defesa do Serviço Naciinal de Aprendizagem Rural, que conforme ressaltou promove a capacitação e treinamento do produtor rural possibilitando um maior conhecimento e incremento de novas tecnologias no campo, o que fez com que  o PIB da agropecuária tenha  sido o único a crescer no último trimestre. Com essa redução do nível de emprego que cresceu sensivelmente nos últimos meses, há uma tendência dessas pessoas que foram demitidas a procurarem o sistema S em busca de uma qualificação, procurando um mercado de trabalho que não desenvolvia anteriormente, lembrou Saboya. Conforme fez questão de ressaltar, somente esse ano, o Senar do Ceará já qualificou 11.400 trabalhadores rurais com a oferta de quase 600 cursos, tendo ingressado na era do ensino à  distância, com a oferta do curso de Técnico em Agronegócio, atuando ainda no PRONATEC, onde até dezembro deste ano estará ofertando 118 cursos em 70 municípios cearenses.

Com esta retirada de recursos as possibilidades de se oferecer caem sensivelmente, no caso do Senar, ele trabalha com apenas 0,2 % sobre a produção comercializada, se a produção já está caindo, imagine se for de retirada mais 30 por cento, então o papel do Senar sofrerá um reflexo negativo, concluiu o presidente do Conselho Deliberativo.