Satisfeito com o resultado do encontro que reuniu os três mais competitivos candidatos à Presidência da República na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, avalia que o objetivo da entidade foi atingido. “O mais importante é que os três candidatos – a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) – se comprometeram a dialogar com setor agropecuário, caso sejam eleitos”, destacou.
Além do compromisso em ampliar o diálogo com o agro na construção de políticas públicas que afetarão a vida do setor, o presidente da CNA destaca o entendimento geral de que é preciso fortalecer o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Queremos um ministério eficiente, à altura da pujante agropecuária brasileira”, afirmou João Martins.
Outra questão que preocupa produtores e empresários rurais e que o setor espera ver solucionada no próximo governo é a insegurança jurídica. “O país não pode avançar em um ambiente de insegurança. Não precisamos de mais leis neste país; precisamos que as leis sejam cumpridas”, avaliou.
Ele destacou, ainda, que a logística não acompanhou o crescimento do agro, que tem de enfrentar problemas no transporte da produção, com estradas precárias e serviço portuário deficiente e oneroso. “O futuro presidente terá a tarefa de adequar a logística à modernidade do agro para que possamos avançar mais”.
Ao término do encontro, que durou quatro horas, João Martins destacou que este 6 de agosto será lembrado como um dia histórico para a agropecuária brasileira. Segundo ele, a presença dos candidatos na CNA significa que “o agronegócio se desenvolveu, ganhou relevância na economia e hoje está no centro da agenda nacional”.