Em reunião com representantes dos produtores rurais de todo o país, a futura ministra da Agricultura sinalizou medidas para o desenvolvimento do setor. A suspensão das importações de leite do Mercosul estaria entre as prioridades.
Segundo o vice-presidente da FAEMG, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Rodrigo Alvim, essa tem sido uma das principais demandas do agronegócio junto ao governo Federal há alguns anos. A tarifa zero entre os membros do Mercosul e a ausência de uma negociação de cota, colocam os produtores nacionais em situação de extrema desvantagem.
Presidente da FAEC comenta posição da nova Ministra e entrega documento com reivindicações ao Governador
O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, FAEC, Flávio Saboya, comentou a declaração da nova Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, como das mais importantes e necessárias para o atual momento vivido pela cadeia produtiva da pecuária leiteira no Estado do Ceará. Consultada por vários presidentes de Federações , a futura Ministra do MAPA , Tereza Cristina, se pronunciou ontem sobre o assunto e prometeu a suspensão das importações de leite do Mercosul.
Flávio Saboya disse que a medida governamental é necessária, num momento de extrema fragilidade do setor, que amarga cinco anos de seca, e que aguarda por chuvas , tendo a maioria de seus reservatórios com menos de 30% da capacidade. Ele afirma que a medida governamental é necessária, num momento de extrema fragilidade do setor, que amarga cinco anos de seca, e que aguarda por chuvas , tendo a maioria de seus reservatórios com menos de 30% da capacidade. Conforme informações dos representantes do setor de lacticínios, a atividade leiteira envolve, diretamente, 120 mil pessoas em quase 90 mil propriedades das 394 mil existentes (censo 2017), sendo o leite um produto da mais alta importância, onde 75% são provenientes da pequena produção, com média diária de 50 litros por fazenda.
Hoje, 14, ele fará a entrega ao Governador Camilo Santana de um documento que o com as reivindicações do setor leiteiro, que quer o aumento da pauta do leite em pó desidratado proveniente de outros estados e do Mercosul. .
Flávio Saboya disse que a medida governamental é necessária, num momento de extrema fragilidade do setor, que amarga cinco anos de seca, e que aguarda por chuvas , tendo a maioria de seus reservatórios com menos de 30% da capacidade. Ele afirma que a medida governamental é necessária, num momento de extrema fragilidade do setor, que amarga cinco anos de seca, e que aguarda por chuvas , tendo a maioria de seus reservatórios com menos de 30% da capacidade. Conforme informações dos representantes do setor de lacticínios, a atividade leiteira envolve, diretamente, 120 mil pessoas em quase 90 mil propriedades das 394 mil existentes (censo 2017), sendo o leite um produto da mais alta importância, onde 75% são provenientes da pequena produção, com média diária de 50 litros por fazenda.
Nesse sentido, a FAEC formou um grupo de trabalho que vem se reunindo desde o dia 6 de novembro, constituído por produtores e industriais da cadeia produtiva do leite quando foi elaborado um documento conjunto que foi encaminhado ao Governo do Estado, solicitando o aumento da pauta do leite vindo dos outros Estados do país. Segundo os representantes do Sindilacticinios, Henrique Prata Girão e José Antunes Mota caso o governo não tome essa medida, ocorrerá um aumento no preço do produto no Estado, o que repercutirá na mesa do consumidores. As reuniões contaram também com a participação de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de Agricultura, Pesca e Aquicultura, e do presidente do Sindicato de Quixeramobim , Cirilo Vidal, onde está concentrada a maior bacia leiteira do estado.
Abaixo o documento na integra elaborado pelo grupo FAEC e encaminhado ao Governo do Estado .
Senhor Governador,
Passados seis anos de secas consecutivas, as atividades desenvolvidas no semiárido enfrentam, no momento, uma situação de extrema fragilidade. É a pecuária a atividade que gera renda durante todo o ano em quase todos os municípios cearenses, representando mais de 60% do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária.
Nesse contexto, a atividade leiteira envolve, diretamente, 120 mil pessoas em quase 90 mil propriedades das 394 mil existentes (censo 2017), sendo o leite um produto da mais alta importância, onde 75% são provenientes da pequena produção, com média diária de 50 litros por fazenda.
Nesse quadro de dificuldades surgem alguns fatos recentes, que se não resolvidos, levarão a cadeia produtiva do leite a um maior enfraquecimento. Já não bastassem as secas continuadas, a escassez de alimentos e água, fatores vitais para a sobrevivência da população e dos animais, surgem na atividade, fatores alheios que se não resolvidos, levarão o nosso rebanho, constituído de vacas que representa um ativo vivo no Ceará de valor superior a 1.25 bi de reais, a redução significativa, favorecendo o êxodo rural.
Portanto, Senhor Governador, passamos agora a descrever a realidade atual da cadeia, destacando os seguintes aspectos:
– elevados estoques de leites UHT e derivados lácteos em decorrência da entrada de produtos de outros estados e queda do consumo;
– redução da aquisição de leite pelo programa PAA-LEITE e no mercado varejista;
– implantação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA;-
-necessidade de um programa de reviltalização para os pequenos lacticínios do Ceará
Face o exposto, solicitamos de V.Exa. a adoção de uma Política Fiscal voltada a elevação da pauta dos produtos provenientes de outros estados que impactam e concorrem com os produtos locais. Reforçamos também a importância da regulamentação da lei n o 15.910 no estado para aquisição de leite e derivados no mercado institucional.