Comemoração vai acontecer no dia 16 de dezembro
Transcorre nesta sexta- feira, 11 de setembro, os 25 anos de criação do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense- AGROPACTO. Devido à pandemia do coronavírus, adiamos as comemorações para o dia 16 de dezembro deste ano , data do aniversário de 55 anos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará- FAEC, quando deverá ser lançado um livro marcando os principais momentos, os resultados auferidos nestas últimas décadas, anuncia o presidente da FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto. que gravou uma mensagem para a redes sociais.
ParaFlávio Saboya, os resultados do Agropacto são significativos, além da consistência dos temas abordados em mais de 860 reuniões, debatendo temas da maior importância ainda hoje considerados atuais como a Transposição das Águas do São Francisco , a criação da Transnordestina, a adoção de uma Política de Irrigação e de Recursos Hídricos para o Ceará, a criação de Programas de Desenvolvimento da Agricultura no Semiárido, as Atividades de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, novas políticas para os Fundos Constitucionais de Desenvolvimento do Nordeste, abertura de novas Linhas de crédito para os produtores rurais.
Para ele, o dia 11 de setembro, é uma data muito significativa para a agropecuária cearense e para a Federação, pois inspirado no exemplo do Pacto de Cooperação do Ceará, Idealizado pelo empresário, Amarílio Macedo, a Federação da Agricultura, através do então presidente, José Ramos Torres de Melo Filho, auxiliado por um grupo de produtores e técnicos do governo do Estado, da Embrapa, Sebrae e Senar teve a ousadia de criar o Pacto de Cooperaçāo da Agropecuária Cearense- AGROPACTO, ainda em pleno funcionamento.
Para o ex-presidente da FAEC, Torres de Melo, a diferença do Agropacto para os demais Pactos, foi a união com o governo, no sentido de encontrar alternativas, já que o governo ainda é considerado um grande “tutor” para todos e para a agricultura, ressaltou. Na época criamos um grande conselho consultivo, com representantes do setor público e privado, totalizando 14 membros. Isso também foi um grande diferencial, e um dos grandes colaboradores do Agropacto foi o então secretário estadual de Desenvolvimento Rural do governo Tasso Jereissati, Pedro Sisnando Leite, o Engº agrônomo e técnico da EMBRAPA, João Pratagil de Araújo, que funcionou inicialmente como secretário -executivo, técnicos do SEBRAE , como Alci Porto Gurgel.
RESULTADOS
A FAEC e seus parceiros, comemoram a criação das Secretarias de Agricultura Irrigada e da Agricultura, Aquicultura e Pesca, um novo modelo de renegociação de dividas rurais, a apresentação de um Plano alternativo de convivência com a seca , a redução de tarifa energia/irrigação, a retomada da cotonicultura no Estado do Ceará, a criação do Seminário Nordestino de Pecuária- Pecnordeste e instalação de um Núcleo de Pesquisa do Bioma Caatinga, no Ceará.
O ex- presidente da FAEC , Torres de Melo, destaca a inda a importância dos debates travados dentro do Agropacto sobre as dívidas dos produtores rurais, de tal forma, que o assunto repercutiu na Câmara e no Senado, o a primeira lei sobre o endividamento rural foi criada em 1998, grande aos debates iniciados no Agropacto e que foram levados a Comissão de Agricultura do Senado e da Câmara a sua atuação.
No passado e no presente, o Agropacto juntamente com a FAEC atuou na defesa intransigente da manutenção do DNOCS, na revitalização da SUDENE na inclusão de novos Municípios cearenses na área de influência da SUDENE, na criação de novos Postos da CONAB, na defesa da pulverização aérea para determinadas culturas, na Revitalização da Cultura do caju, no debate e apresentação de propostas do setor produtivo aos candidatos ao governo, Senado e Câmara Federal.
LIVRO VAI CONTAR A HISTÓRIA
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará- FAEC , está preparando um livro com a história dos 25 anos do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense – AGROPACTO , criado em 11 de setembro de 1995, com o nome de FOPAC, e integrante do Pacto de Cooperação do Ceará, assim como foi o Fórum do Comércio e o Fórum Imobiliário . A partir de 2002, passou a chamar -se AGROPACTO. Durante 15 anos foi coordenado pelo seu idealizador o engenheiro militar José Ramos Torres de Melo Filho e há 10 anos vem sendo coordenado pelo engenheiro agrônomo Flávio Viriato de Saboya, atual Presidente da FAEC.
O livro objetiva resgatar a memória dos principais acontecimentos, daqueles que fazem a história da agropecuária cearense nas últimas duas décadas e meia e que contribuíram com resultados importantes para o desenvolvimento da agropecuária disse Flávio Saboya. Já o ex- coordenador Torres de Melo lembra que o principal debate do Agropacto em 1995, era a cultura do algodão , passando pela necessidade da irrigação, da Transposição do Rio São Francisco, construção da Transnordestina, todos temas considerados ainda atuais no presente momento. Durante esse período o Agropacto foi palco de muitos debates e de lançamentos de eventos, como o Pecnordeste, Frutal, Irriga Ceará com a participação de palestrantes nacionais, internacionais e locais.
Devido a pandemia do coronavirus que impediu aglomeração de pessoas, as reuniões quinzenais foram suspensas , mas em breve deverão ser retomadas. O livro que terá depoimentos de importantes personalidades está sendo organizado pela jornalista Silvana Frota e será lançado até o início do mês de dezembro deste ano , durante as comemorações dos 55 anos de criação da Federação da Agricultura.