O Coordenador Técnico do Senar-Ce, Eduardo Queiroz concedeu entrevista ao Caderno Você Empreendedor do Jornal Diário do Nordeste, dando destaque a qualificação dos diversos setores agropecuários. Veja matéria na íntegra:
A profissionalização do homem do campo é um dos maiores desafios para os negócios no interior. Uma das frentes de capacitação parte do Serviço Nacional e Aprendizagem Rural (Senar/CE), que nos últimos anos tem levado treinamento para produtores, subsidiando-os de informações para melhoria do sistema produtivo e da gestão de empresas rurais.
Como explica Eduardo Queiroz, Coordenador Técnico do Senar/CE, a entidade oferece qualificação em setores como apicultura, avicultura, bovinocultura, caprinocultura, carcinicultura, fruticultura, ovinocultura e piscicultura. A oferta de treinamento inclui técnicas de beneficiamento de leite e frutas, gestão de negócios rurais, fabricação de pães e aplicação de defensivos agrícolas.
Entre os programas de destaque estão o Empreendedor Rural e o Sertão Empreendedor. O primeiro é uma metodologia desenvolvida por professores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Paraná voltada para a gestão do negócio rural. “O objetivo é desenvolver e estimular o poder pessoal dos empreendedores do agronegócio de forma a ampliar sua capacidade nas transformações do seu setor e da sociedade”, afirma Eduardo Queiroz. O Sertão Empreendedor é voltado para promover competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais por meio da inovação, novas tecnologias e boas práticas de convivência com o semiárido. “Contempla várias atividades, como treinamentos, cursos, dias de campo, visitas técnicas etc”, completa o Coordenador do Senar/CE.
Oportunidade
Mas capacitação por si só não gera iniciativas. Eduardo Queiroz observa que o objetivo dessas ações é também despertar empreendedores a criar oportunidades, implantando o que aprenderam em seus negócios ou lançando novos empreendimentos. “Temos vários exemplos de iniciativas, como uma fábrica de doces em Cariré. Outros implantaram apiários, projetos de investimento, avaliando os riscos e as possibilidades, estabelecendo metas e prazos”, diz Eduardo Queiroz.
Para o coordenador, produzir em meio à seca é um desafio, que pode ser uma oportunidade. “Na região do Nordeste do Brasil sempre haverá secas e precisamos fazer com que o homem mude e aprenda a viver com ela”, opina.
