Diante da possível aproximação do El Niño – fenômeno climático que afeta o regime de chuvas – o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, sugere que governo e setor produtivo pensem em um plano estratégico para atenuar potenciais efeitos causados pela escassez hídrica no Estado.
“A ciência já praticamente confirmou que teremos um El Niño a partir do segundo semestre deste ano, com a possibilidade de o fenômeno chegar ao Ceará antes disso”, diz Amílcar Silveira. O presidente da Faec avalia que seria sensato que o Governo do Estado, em parceria com o setor produtivo e com os organismos que tratam da gestão dos recursos hídricos e da meteorologia (como SRH, Cogerh e Funceme), tomem providências antecipadas contra os efeitos que uma nova e prolongada estiagem causará à economia e à população do Ceará.
O que há hoje nos reservatórios cearenses é pouco para as necessidades da população humana e animal e para o atendimento da indústria e da agropecuária. Em condições normais, as atuais reservas hídricas seriam suficientes para um ano e meio de necessidades rurais e da Região Metropolitana de Fortaleza.
O presidente da Faec sugere a criação de um Grupo de Trabalho com o objetivo de elaborar uma cartilha do que fazer, como fazer, onde fazer e quando fazer para a antecipação de medidas de enfrentamento de mais um El Niño.