Com 2,4 milhões de cabeças de gado, o rebanho bovino cresceu 5% em 2018 com relação ao ano passado. O resultado, divulgado pela unidade estadual do IBGE, representa o início da retomada do crescimento do rebanho, que sofreu retração de 5,7% em 2017. O Ceará está na 16ª colocação do ranking nacional, com uma participação de 1,1% do rebanho brasileiro. O município de Quixeramobim é quem lidera no Estado, são: 85,5 mil cabeças, ou 3,5% do total do Estado.
Já em relação à produção de leite, a oferta do produto voltou a crescer. Em 2018, o mercado movimentou 705,6 milhões de litros do produto, um acréscimo de 21,3% em relação ao período anterior. Somente através do Programa de Aquisição do Leite, 1.746 produtores rurais forneceram 9.455.140 litros do produto, movimentando R$ 11.440.719,40 no período. A iniciativa repassou R$ 1,21 e R$ 1,65 por cada litro de leite bovino e caprino, respectivamente.
“Ao assinar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional, os convênios das Rotas do Mel, do Cordeiro e Leite, estaremos investindo quase R$ 2 milhões na perspectiva de melhoramento genético, suporte forrageiro e, também, na realização de oficinas que proporcionarão a qualificação o nosso produtor”, anuncia o secretário do Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz. Segundo ele, a assinatura do convênio aguarda apenas a marcação de data e a previsão é que aconteça já na segunda quinzena de outubro.
Perspectivas
No Ceará, a principal iniciativa, executada em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), é o Programa Rota do Leite. Pelos cálculos do Governo do Ceará, mais de R$ 13,5 milhões foram investidos na principal atividade produtiva da região do Sertão Central através do Projeto São José III.
A iniciativa quer tornar o Estado uma referência na produção leiteira e será executada a partir de um pool parceiros das iniciativas pública e privada. O Governo do Ceará propõe colaborar através do fornecimento sorgo e palma forrageira pelo programa Hora de Plantar, o investimento de recursos da quarta etapa do , além de fornecimento de tanques de resfriamento do leite, ensiladeiras e botijões de sêmens.
Já o Banco do Nordeste garantiria o acesso ao crédito rural, o Ministério do Desenvolvimento Rural propõe captar recursos e apoiar o diálogo com a bancada cearense e o Sebrae sinaliza para a capacitação e profissionalização do setor lácteo. “Após a oficina de abertura, em Quixeramobim, temos promovido reuniões itinerantes, que inclusive já aconteceram em Milhã, Boa Viagem, Madalena e Jaguaribara”, pondera Márcio Peixoto, da Coordenadoria de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas da Pecuária (Codep/SDA).
“E, ainda neste mês, inclusive teremos uma reunião extraordinária, a ser realizada em Senador Pompeu, com a presença da equipe do Ministério do Desenvolvimento Regional e dos nossos parceiros aqui no Estado”, conclui.
Galináceos e ovos
Em relação aos galináceos, a população total estimada cresceu 4,4% e chegou a 31,4 milhões de cabeças. Entre 2015 e 2018, a SDA entregou 331 projetos produtivos em galinha caipira: o que representa a aquisição e entrega de quase 40 mil pintos para agricultores familiares. O Ceará ocupa a 11ª colocação nacional, com 2,1% de participação. O município de Aquiraz (10,5%) lidera o efetivo estadual, seguido por Quixadá (9,8%) e Horizonte (6,8%).
Outra novidade é que a produção cearense de ovos de galinha cresceu 14% e bateu novo recorde. No ranking nacional, o Ceará é o 10º colocado e o segundo na região Nordeste. Em 2018, foram produzidas 202,7 milhões de dúzias de ovos, ou 4,6 % da produção nacional.