Comércio Exterior : soluções do Banco do Brasil para o Agronegócio , foi o tema da palestra de hoje,2, do AGROPACTO ,tendo como palestrante o gerente da Agência Comércio Exterior do Banco do Brasil, Fabiano Pistola Oliveira, que comunicou o encerramento da Agencia de Comércio Exterior do Banco do Brasil em Fortaleza, que veio por intermédio de uma restruturação da nova Diretoria , fazendo uma readaptação das estruturas, buscando maior eficiência.Segundo ele, eram 12 gerências – GECEX, que atuavam de forma descentralizada no país , e que agora a de Fortaleza será incorporada a de Recife, das 12 apenas 3 gerencias irão funcionar em todo o Brasil , mas continuará tendo uma rede de negócios de atendimento. No Ceará, a gerência atendia também o Piauí e o processamento era feito em Recife,a unidade pernambucana passa a ser agora uma unidade operacional. Serão ainda seis mesas de câmbio no país, a do Ceará será localizada agora em Belo Horizonte.No entanto, anunciou que os três gerentes de negócios internacionais continuam aqui em Fortaleza e um para atender o Piauí,Ele assegurou também que apesar do encerramento ao escritório,de forma alguma o BB vai deixar de dar atendimento aos exportadores cearenses, embora a mesa de câmbio seja agora no Recife. Segundo ele, o Banco terá ainda um funcionário para se encarregar do Encaminhamento da documentação, com a emissão de certificados na agencia de Monsenhor Tabosa, e uma funcionária na agência empresarial para fazer a parte documental.
Segundo o coordenador do Agropacto, Flávio Saboya, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, esta reunião é típica do Agropacto, discutir um problema onde existem algumas consequências negativas que atingirá a classe empresarial e Industrial , como o aumento de custos para as operações. Saboya colocou como consequências o aumento nos prazos e custos para fechamentos do câmbio, aumento da dificuldade na obtenção do Certificado de Origem , reflexos no Programa Exporta Ceará e custos extras.Ele já conversou com o presidente da Fiec, Beto Studart sobre o assunto e com o secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, que participou da reunião do Agropacto.
Flavio Saboya destacou ainda a importância que tem o Ceará hoje nas exportações de frutas, flores, castanha e agora, que o Ceará está livre da febre aftosa, poderemos fazer grande exportação de caprinos ,pois temos o maior rebanho do mundo.O Secretário de Desenvolvimento Agrário Nelson Martins, disse que a redução da unidade de comércio exterior do Banco no Ceará, já havia sido encaminhada por ele via e-mail para o atual e futuro governador do Ceará ,aos deputados federais e estaduais, pois acredita ter uma decisão política. Segundo ele, o assunto merece uma análise Política, ele não acredita que o Citybank e Itau que estão abrindo carteiras para o exterior,queiram atuar junto ao pequeno exportador , o Brasil depende muito do comércio exterior, [1] e o incentivo a importação é de grande importância, com o limite ampliado do Supersimples , a maioria dos empresários vai passar para esta faixa e também passar a exportar , podendo também aderir a Agricultura Familiar que segundo ele, vem cedendo muito no país, ele sugeriu fazer esta mudança de forma gradual ,para não prejudicar as operações aqui no Estado.
O Secretário Nelson Martins aproveitou para parabenizar também Flavio Saboya pela medalha Guimarães Duque concedida pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Ceará, próxima quinta,dia 5, e ainda pelo fato do mesmo ter sido eleito Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-Ce.
O superintendente regional do BB no Ceará Tarcísio Gerotto fez algumas ponderações sobre as mudanças nas estruturas de análise de crédito do Banco, disse que o objetivo é aumentar a participação na carteira de comércio exterior ,reafirmando que o intuito é melhorar a eficiência, e que perderá apenas dois funcionários, mantendo os demais e três gerentes aqui em Fortaleza, e disse estar orgulhoso do reconhecimento dos empresários ao trabalho do Banco, com reivindicações.
Sebrae lamenta decisão
O diretor técnico do Sebrae- Ce ,Alci Porto Gurgel fez uma reflexão sobre o problema. Segundo ele, há cerca de 10 anos atrás, o governo federal retirou 250 milhões do Sebrae, para a APEX, incrementar as exportações da micro e pequena empresa , o que na visão dele não aconteceu como era esperado. “Esse trabalho de fomentar o comércio exterior ainda é muito educativo, tem que ser inserido no ambiente, hoje temos pouca expressão de micro e pequenas empresas no comércio exterior, cerca de 180 empresas, o Banco deveria entrar nessa área educativa, disse o diretor do Sebrae-Ce. Alci considerou prejudicial esse momento o fechamento da gerência e uma decisão muito abrupta , o Sebrae quer aumentar este ano para 10% sua participação no comércio exterior, com o aumento autorizado agora do Supersimples, poderia aumentar sua participação, dificultando a inserção deste publico no comércio exterior.
Marta Campelo, da comissão do comércio exterior do Sebrae-Ce , disse que há 14 anos vem fazendo um trabalho com um grande grupo de instituições aqui no Ceará para fomentar o comércio internacional , e reafirmou que a presença do BB para realizar estas operações é de fundamental importância ” essa mudança está impactando de forma negativa, incrementando a capacitação dos exportadores,informou que o Sebrae vai apresentar ao novo Governador o Camilo Santana,o Programa Exporta Ceará, e que o BB enquanto banco de fomento do Desenvolvimento deveria reverter esta posição lembrando que o apoio político será importante neste momento.
Hernán Gonzalez , da empresa Brokfresh, disse que o Ceará vende cerca de mil caixas de pêra por semana, na região do Ceará, Piauí Mossoró ( RN), e que o fechamento da agência trouxe uma preocupação para os empresários que acabam perdendo uma oportunidade de negócio, com a demora nas exportações. Euvalo Bringel, do Instituto Frutal acha que precisamos incrementar as exportações, e não reduzir, o assunto deve ser tratado de forma política e estratégica pelo Estado, sem perda na qualidade do atendimento, o Citybank e Itau estão colocando gerências de exportação desse mercado no Ceará ,lamentando que exportadores cearenses tenham agora a mesa de câmbio em outro Estado, Recife.Erildo Pontes, também do Instituto Frutal, lamentou que a Agência de Fortaleza passa agora a ser administrada por Recife e Minas, mostrando que a presença física é muito importante.Teremos já já o Ceará crescendo na exportação de frutas, flores, basta que tenhamos mais água, e agora teremos dificuldades para uma relação mais estreita ,destacou.
LINHAS DE CRÉDITO
Fabiano Oliveira, comentou também sobre as as principais soluções para o agronegócio do Banco do Brasil, sendo o principal parceiro do comércio exterior, através de duas linhas de crédito: Adiantamento de Câmbio (ACC) , recurso para a empresa produzir, tocar sua fábrica, recebendo uma linha de crédito de seu exportador antes de embarcar a mercadoria para o exterior, linha barata e fácil de acessar, a grande vantagem dos empresários que possuem comércio de importação ou exportação, hoje a média de juro é de 5% ao ano, diferente do que se oferece no Brasil. Isso é possível contratar até pela internet.
Uma outra linha essencial ao exportador, é o PROEX, com recurso do tesouro nacional que financia o empréstimo pós-embarque, com custo bastante mais baixo, citou uma operação. De seis meses, o,3% ao ano, com prazo de agramente até 1o anos , não existe em lugar nenhum no mundo uma linha tão especial como essas, oferecendo, competitividade ao exportador, participando do comércio internacional como os demais países.
Para tanto, são necessários algumas garantia ,uma carta de crédito do exportador.ele só pode ser utilizado pelo BB, é o agente oficial para esta linha de crédito.
Comentou também sobre recursos para financiar a importação, tem atuado fortemente nessa linha, oferecendo um custo mais barato, se comprado com as linhas de custo de mercado interno, O Banco tem 16 agencias no exterior , captando recursos para exportação.
Assis.de Imprensa Sistema Faec/Senar-Ce
Jornalista responsável: Silvana Frota