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Presidente da FAEC analisa situação das chuvas e dos açudes do Ceará

De acordo com dados divulgados hoje (07) pela FUNCEME, onze açudes sangraram no Ceará após o feriado de carnaval. São eles os açudes de: Itauna, Tucunduba, Diamantino II, Maranguapinho, Cocó, Germinal, Tijuquinha, Batente, São José I, Gameleira e Acaraú Mirim. Estão com mais de 90% da capacidade: Jenipapo, São Vicente e Gangorra.

No três maiores açudes do estado, a situação está variante. Enquanto o açude de Orós está com apenas  5.36 % do seu volume, o Castanhão está com 3.56 %. O açude de Araras, localizado em Varjota, está com 20.9% da sua capacidade.

Em entrevista ao programa Narcélio Lima Verde da Rádio FM Assembleia, o presidente da FAEC Flávio Saboya manifestou entusiasmo pelas chuvas que banham o nosso estado com maior intensidade nos últimos 15 dias. “Particularmente em minha vivência, acredito que a situação mudou. Tenho uma pequena propriedade no município de Cascavel e analisando esses últimos 5 – 6 anos, a situação está muito superior em termos de pluviosidade e a informação que estou recebendo do interior, dos diversos sindicatos nossos, é de ânimo e de entusiasmo com a chegada dessas chuvas, principalmente nos últimos 15 dias, quando ela têm se intensificado. Temos ainda o sonho que no mês de Abril aconteçam chuvas mil, aonde chegamos o mês de março com chuvas na média e ultrapassarmos, terminando a nossa quadra invernosa em abril.”, disse.

O Presidente destacou ainda a importância da utilização de água para a fruticultura. “Uma coisa que muito nos preocupa enquanto produtor rural é a problemática da reposição hídrica das barragens, principalmente das grandes barragens. Tem-se o pleno conhecimento em que temos produtores com a visão empresarial e uma a agricultura voltada à exportação de frutas na região do baixo e médio Jaguaribe. Isso foi muito entusiasmante. O Ceará se transformou muitas vezes no maior exportador do Brasil de melão, banana e outras frutas. De uma hora para outra, a água desses perímetros foi cortada devido a prioridade para o consumo humano. Isso levou a paralisação dessas atividades. Tivemos produtores que tiveram que demitir mais de 1.500 trabalhadores que estavam na fruticultura irrigada. Então, temos que pensar muito no retorno desses atividades e estamos conversando com a COGERH, que é sensível a isso, mas temos que chegar para o produtor antes de iniciar o período e dizer “você está autorizado a utilizar este ano tanto metros cúbicos de água”, ou não deixar tal produtor começar e depois perder. Esse planejamento tem que existir.”, finalizou.