Começou nesta semana, na terça-feira (2), a campanha de vacinação contra febre aftosa no Ceará. A primeira etapa de vacinação de 2023 vai de 2 a 31 de maio. A meta do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, é que o Ceará seja reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacina até 2024.
“Hoje nós ainda somos importadores de carne. Nós queremos que, além da autossuficiência, nós possamos enviar nossa carne para outros estados. E para que isso ocorra, o primeiro passo é tornar o Ceará livre da febre aftosa sem vacinação”, diz Amílcar Silveira.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária (Adagri), o Ceará precisa cumprir mais quatro ciclos de vacinação para ser considerado livre da febre aftosa sem vacinação. “Se aplicarmos as duas doses deste ano, em maio e novembro, e no ano que vem, a gente fica no status de estar liberado da febre aftosa e os produtores não precisarão mais comprar vacinas. Isso é economia, saúde e bem-estar para o Ceará”, diz o presidente da Adagri, Elmo Aguiar.
A campanha abrange bovinos e bubalinos de todas as idades, o que representa cerca de 2,7 milhões animais em todo o Estado. A declaração da vacina deve ser até o dia 15 de junho de forma online no site da Adagri (www.adagri.ce.gov.br) ou de forma presencial em um núcleo local da agência ou em escritórios parceiros.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE PNEFA), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A meta para que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação é até 2026.