Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL

AGROPACTO COMEMORA 20 ANOS E SEUS CRIADORES SUGEREM NOVOS PACTOS E DESAFIOS

Com uma sessão solene de entrega de homenagens, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, celebrou hoje,e 21, os 20 anos de fundação do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense, instituído em 1995, pelo então presidente da entidade, José Ramos Torres de Melo. A solenidade constou também de 10 minutos de depoimento para cada um dos homenageados, que fizeram e fazem a história da cooperação no CEara.  O presidente da Faec, Flávio Saboya foi quem abriu a sessão, destacando que o Agropacto foi criado durante uma reunião do Pacto de Cooperação do Ceará , coordenado pelo empresário Amarílio Macedo, que veio especialmente de São Paulo para participar da homenagem. ” Este é um espaço de todos ,irmanados democraticamente na defesa de ideias inovadoras e soluções que vêm contribuindo ,significativamente com o setor rural deste Estado, disse Flávio Saboya, que ao encerrar prometeu dar continuidade ao Agropacto.

Na lista de agraciados com o Troféu 20 anos do Agropacto:  Amarilio Macedo,Torres de Melo, Raimundo Padilha ,Francisco José Lima Matos, João de Paula Monteiro,João Pratagil de Araujo; Carlos Prado ,Gerardo Angelim de Albuquerque e ainda três instituições :Banco do Brasil,Sebrae e Senar. Em seu depoimento, o   empresário e ex- presidente do Centro Industrial do Ceará – Cic -Amarilio Macedo  fez questão de destacar que o Pacto de Cooperação teve início no começo do mandato do governador Ciro Gomes ,considerado por ele  um dos grandes apoiadores  do movimento  na compreensão de que o caminho para uma boa gestão passa pelo diálogo plural com a sociedade. Ele fez um relato dos antecedentes do Pacto de Cooperação do Ceará, ” cujo processo coletivo era desperdiçado pela concentração do processo decisório . Surgiu a compreensão de que o caminho de mobilização era o diálogo dos diferentes ,respeitando as opiniões contrárias  e convergindo em torno de interesses comuns, disse Amarilio .Assim e surgiu também o Pro- Mudanças, e vários outros pactos foram nascendo pele intensidade de grupos que queriam aprofundar temas de seus interesses, como os pactos regionais, turismo, educação , imobiliário. Porém, o mais dinâmico ,profícuo e longevo é o Agropacto, destacou o empresário.

O evento contou com a presença de ilustres personalidades entre elas, o ex- secretario de Agricultura  Irrigada,  hoje deputado estadual Carlos Matos, deputada Fernanda Pessoa, o ex- secretário  de Desenvolvimento Rural, Pedro Sisnando, o ex- presidente,  da Fiec, Roberto Macedo, presidente da  Aprece, Expedito José do Nascimento, Euvaldo Bringel, secretário adjunto da Agricultura, Pesca e Aquicultura, superintendente regional do Banco do Nordeste, João Robério Messias, superintendente do Sebrae- CE, Joaquim Cartaxo, Superintendente federal da Agricultura do Ceará, Maria Luiza Rufino , João Porto Guimarães, Presidente da Associação Comercial do Ceará, superintendente do Senar- CE, Paulo Hélder Braga,a coordenadora de Relações Internacionais e Institucionais  da Prefeitura de Fortaleza, Patrícia Macedo ,esposa do empresário Amarílio , Chefe da Embrapa Agroindústria Tropical, Lucas Leite, Francisco Viana, Presidente do Centec, João Nicedio Alves, Presidente da OCB/CE. Cerca de 35  Presidentes de Sindicatos Rurais do Estado, produtores e servidores do Sistema Faec/ Senar – CE, participaram também da cerimônia.

HOMENAGEADOS DESTACAM CONQUISTAS E SOBREVIVÊNCIA DO AGROPACTO

O ex- secretario da Fazenda Francisco José Lima Matos, além de ter feito uma retrospectiva do governo Ciro Gomes que adotou a primeira reforma  fiscal  do Estado , que beneficiou inclusive os produtores de leite do Estado, na época da entre safra com preços do ICMS mais baixos, destacou que ”  o  Pacto de Cooperação coordenado por AMARILIO Macedo tinha no seu DNA, a fundamentação de um estado novo, com novas características , tendo  nele-um grande propagador dessa relação coletiva” . No primeiro governo de Tasso Jereissati , cerca de seis ex- presidentes do Centro Industrial do Ceará  foram secretários de estado, sem pertencer a nenhum partido político, o critério adotado foi o da competência. Lembrou ainda que Amarílio coordenou o Núcleo duro  dentro do Pacto e os Multiplicadores exigindo discussão de todo o processo.  Lima Matos disse ainda  que coordenou o Pacto de Tecnologia, mas lamentou que o mesmo não tenha se sustentado, deixando o nosso estado ainda muito atrasado em relação à área tecnológica. Ao finalizar, apelou para que haja uma mudança nas lideranças do Estado, que venham novos pactos formadores de novas lideranças.

Visivelmente emocionado o criador do Agropacto, José Ramos Torres de Melo Filho,acha que esse é um momento para reflexão. Para mim é impossível falar do Agropacto- Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense-anteriormente, sem fazer-se referência ao Pacto de Cooperação do Ceará, criado por Amarílio  Macedo e uma plêiade de jovens lideres que lhe deu origem e, a uma vasta rede de Pactos Temáticos , Setoriais e Regionais. O  de Cooperação e todos que foram gestados em seu ventre nasceram do Movimento Pró Mudanças, encabeçado por Amarílio.

Ao aderir ao Pacto, de corpo e alma, como costumo fazer com as causas que abraço, pude constatar  que uma  das grande beneficiárias dessa decisão foi, a então, Federação da Agricultura do Estado do Ceará . Quando, por sugestão do  Raimundo Padilha, criamos o FOPAC-Forum Permanente da Agropecuária Cearense juntamente, com o Dr Sisnando, então Secretário de Desenvolvimento Rural, no dia 11 de Setembro de 1995  buscávamos : alem de criar um espaço para debater  os problemas maiores da agropecuária, dar a este segmento o destaque que ele merecia. A minha saída da FAEC  não alterou a Missão e os valores do Agropacto.O meu dileto amigo e sucessor Flávio Viriato de  Saboya Neto,se algo mudou, foi para melhor.

 Finalizando seu depoimento  Torres de Melo afirmou que ” O país vive hoje a maior crise econômica, política e ética de sua história. .Nunca precisou tanto de mudanças. Sabemos bem que, estamos todos de cabelos brancos e que muitos dos “meninos” da AJE-Associação dos os Jovens Empresários (do professor Kebler) já encanecidos, apesar do que não perdemos a capacidade de nos indignar.É chegada a hora  para unirmos as gerações  e fazer Um Novo Pacto-O da Honradez ” .

O pesquisador e ex- Chefe da Embrapa que foi o primeiro secretário – executivo do Agropacto tendo  frequentado também as reuniões do Pacto do Ceará, João Pratagil de Araújo , iniciou seu depoimento fazendo um compartido entre o 11 de setembro  nos Estados Unidos, com a derrubada das torres gêmeas  que  ficou na história como a data que mudou o mundo. As relações entre povos e nações receberam novos paradigmas de segurança, imigração, espionagem de líderes mundiais, etc. E o dia   11 de setembro de 1995 entrou para a história do Ceará como a data em que a semente do Agropacto foi semeada. A data que mudou os rumos e o futuro da agropecuária cearense. Ele germinou e cresceu fertilizado pelas ideias e filosofias do Pacto de Cooperação do Ceará, cristalizados em seus 5 elementos, identificado por seus participantes – Flávio Paiva e João de Paula Monteiro –  Cooperação, Pluralidade, Informalidade, Virtualidade e Catálise, aos quais o fundador do Agropacto, José Ramos Torres de Melo, adicionou o sexto elemento – democracia!

Para João Pratagil muitas  safras foram colhidas e muitos produtos de qualidade festejados por seus consumidores – representados pelos agentes das cadeias produtivas do agronegócio cearense, públicos e privados, como registrados nos depoimentos de expressivas lideranças que participaram e participam desse exercício de plena e responsável cidadania: ANTONIO AMORIM RODRIGUES – discussão e encaminhamento de soluções para a febre aftosa; ALCI PORTO GURGEL – inserção do SEBRAE/CE nas ações de promoção da agropecuária. CARLOS MATOS – foi nesse ambiente de relacionamento dos setores públicos e privado que nasceu a nossa floricultura e fruticultura irrigada; FRANCISCO ZUZA DE OLIVEIRA – foi no ambiente do Agropacto que surgiu a ideia de criação das Câmaras Setoriais do Agronegócio; VITOR HUGO DE OLIVEIRA – O Agropacto foi uma importante fonte de subsídios para a formulação de políticas publicas voltadas para o agronegócio cearense.

Seus frutos estão contribuindo não só para o aumento de competitividade das cadeias produtivas, como também para a formação de uma nova cultura, com a introdução de novos conceitos, tais como agronegócio, cadeias produtivas, empreendedorismo rural, agregação de valor, defesa animal e vegetal, meio ambiente e visão sistêmica, que influenciaram muitos agropecuaristas a se tornarem verdadeiros empreendedores do agronegócio.  Nesses 20 anos de Agropacto, o Ceará deixou de ser um produtor de Commodities e de alimentos básicos para agregar ao seu portfólio novos produtos, de alto valor agregado, como as frutas, flores, leite e derivados.

A integração Faec/Senar/Agropacto/Banco do Brasil vem contribuindo para irrigar e fertilizar a nossa agropecuária com a formação de agricultores, técnicos agrícolas, agrônomos e outros profissionais indispensáveis ao desenvolvimento de suas atividades. Programa como o Empreendedor Rural, sonho de Torres de Melo, compartilhado com diversas instituições em busca de parceria, finalmente concretizado e formando a nova geração de empreendedores rurais do Estado do Ceará.

Para o ex- diretor do Nutec, Novos desafios para o futuro da nossa agropecuária se impõem – falta de água, desertificação, aquecimento global, provocado pela liberação de carbono e metano na atmosfera, crescimento populacional – que deverá atingir cerca de 9 a 10 bilhões de pessoas até 2050, epidemia da obesidade entre outros fatores, que exigirão das lideranças do Agropacto sabedoria para encontrar e promover soluções para a viabilização da nossa agropecuária em benefício da sociedade cearense, brasilieira e internacional.

OUTRAS CONQUISTAS RESSALTADAS

Foi no ambiente do Agropacto – Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense – onde surgiram algumas ideias, já postas em prática como a criação da Secretaria de Agricultura Irrigada no governo Tasso Jereissati ; a transformação da então  Secretaria da Pesca e Aquicultura,  em Secretaria da Agricultura , Aquicultura e Pesca- SEAPA no governo Camilo Santana, a adoção da tarifa de energia elétrica reduzida para o irrigante; a isenção da cobrança de ICMS para a comercialização de frutas frescas; concessão, pela Coelce, da alteração das metas de consumo para os usuários irrigantes, nos  meses de maio, junho e julho para setembro, outubro e novembro, quando do racionamento de energia; a implantação, pelo CNPq, das plataformas das cadeias produtivas do agronegócio do caju, da ovinocaprinocultura e do leite, instrumentos indutores do desenvolvimento. Além de debate dos planos de governo dos principais candidatos ao Governo do Estado, com ênfase para o setor agropecuário; a elaboração de um programa de produção agropecuária – Agrinvest, nos moldes do programa “uma experiência de sucesso na criação de ovino”, em São Paulo, exposto no Agropacto e muito mais.

Estes são alguns resultados considerados como mais relevantes pelo seu atual  coordenador do Agropacto  , Flávio Viriato de Saboya Neto,presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-lembrando que o Agropacto foi criado no  dia 11 de setembro e que a primeira reunião ocorreu no dia 22 do mesmo mês, no Hotel Colonial, sendo  uma iniciativa do  então presidente da Instituição, José  Ramos Torres de Melo Filho ,incentivado por um grupo de empresários e produtores, As  comemorações serão realizadas  na   próxima terça- feira,  dia 22 , com uma sessão solene,  a partir das 9 horas, no auditório da Fábrica de Eventos, na avenida Monsenhor Tabosa, ocasião em que serão prestadas algumas homenagens aos que contribuíram para a criação e crescimento do Agropacto.

762 REUNIÕES

Ao longo destes 20 anos foram realizadas 762  reuniões com palestras técnicas, tratando  dos  mais variados temas, contando com a presença de ministros, governadores, deputados, secretários do Ministério da Agricultura, prefeitos, empresários e universitários interessados no crescimento da agricultura e pecuária do Estado e do Brasil. O  trabalho de maior repercussão nos últimos anos realizado pelo AgroPacto foi em 2014 , quando promoveu  a discussão do Programa de governo dos candidatos ao governo do Estado, deputados estaduais e federais, ouvidos em três reuniões sequenciais, com o tema : O que esperamos do próximo governador, que resultou num documento apresentado posteriormente ao governador eleito com as propostas do segmento agropecuário .

Outros  temas destacados pelo  coordenador Flávio Saboya  foram o Cadastro Ambiental Rural- CAR, o Pacto das Águas,o   Código Florestal, a Transnordestina, o Canal da Transposição do Rio São Francisco, que gerou inclusive uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado. Outra audiência pública também proposta pelo Agropacto foi realizada durante três anos seguidos na  Assembléia Legislativa para debater as seca no Estado e suas conseqüências . Em 2008 e 2009, o Agropcato coordenou a elaboração de cinco programas e propostas elaborados pelo Grupo de Impulsão de Ações e Propostas -GIAPS, integrado por vários órgãos e instituições tratando sobre reflorestamento, biocombustível, defesa agropecuária, que serviram agora de referência para as recomendações do Sistema FAEC/Senar aos candidatos ao governo do Estado.

HOMENAGEADOS

Foram  homenageadas nestes 20 anos as seguintes personalidades : o empresário Amarilio Macedo( criador do primeiro Pacto de Cooperação do Estado em 1991) , José Ramos Torres de Melo Filho( criador do Pacto de Cooperação da Agropecuária, em 1995 ), Raimundo Padilha( um dos maiores incentivadores do Agropacto), João de Paula Ferreira Monteiro( articulador e autor de dois livros sobre o Pacto), Francisco Lima Matos(Ex- secretário e colaborador) , Carlos Prado( representando o segmento produtivo, foi um dos primeiros membros do Conselho Consultivo), João Pratagil Pereira de Aráujo( primeiro secretário executivo), Gerardo Angelim de Albuquerque( secretário executivo nos últimos 15 anos). Também serão homenageadas três  instituições: o Banco do Brasil,  local onde se realiza as reuniões desde o início e o Sebrae, como grande parceiro e colaborador e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural- Senar-Ce, pelo apoio na capacitação do produtor rural.

O Agropacto

Instituído no dia 11 de setembro de 1995, o Agropacto foi idealizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC, na pessoa do presidente da Federação, José Ramos Torres de Melo Filho. A estrutura funcional conta com um Coordenador Geral, ; Secretaria Executiva; e também um Comitê Consultivo que possui representantes do setor público e privado. Todas as palestras estão disponibilizadas através do seguinte endereço eletrônico www.agropacto-ce.org.br.

SESSÃO SOLENE : dia 22/09

Horário: às 8 hs

Local: Fábrica de Negócios , do hotel Praia Centro

ATT. ASSESSORIA DE IMPRENSA SISTEMA FAEC / SENAR- CE

jornalista Responsável: Silvana Frota