Sistema FAEC/SENAR/SINRURAL

AGOPACTO DISCUTE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL E SABOYA CONVOCA PARA A HORA DE GUARDAR

DSC_0501O Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense-Agropacto, discutiu dia 18, a assistência técnica e suas lições para uma futura seca, com palestra do Presidente da Ematerce, José Maria Pimenta, que apresentou como principal ação de convivência com a seca, os “açudes inteligentes”, que enchem rápido são mais baratos, basta chover 200 mm de chuva, com capacidade para acumular de 200 a 500 mil metros cúbicos de água, com um custo de 90 mil reais, que ajudam o produtor a sobreviver muito bem em períodos de estiagem, inclusive produzindo. Fizemos 45 açudes inteligentes no Estado, em vários municípios, disse Zé Maria Pimenta, que fez também um completo relato dos anos de seca e de chuva no estado desde a época do império Em 118 anos de precipitações, foram 49 anos secos, 39 anos na média, 39 chuvosos.

Durante sua exposição, o presidente da Ematerce, disse que este tipo de barragem inteligente aproveita os boqueirões existentes, sendo necessário promover o desassoreamento, resultando em duas coisas importantes: aumento da capacidade da parede e melhoria da capacidade da água. E citou como exemplo a comunidade de São Miguel, em Quixeramobim, onde um produtor tirou 2 mil caixas de tomate, gerando uma renda por volta por 30 a 40 reais mil líquidos, em um hectare de área, utilizando água deste tipo de açude. O sucesso é garantido por um açude pequeno, que embora encha só pela metade, ainda representa uma forma de convivência com o semiárido, explicou.

Zé Maria Pimenta apresentou também três receitas de convivência com esta realidade:

1-      Energia trifásica. (movimenta a irrigação)

2-       A água

3-      O conhecimento

E acrescentou outras ideias como a construção de grandes açudes, transposição, cisternas e poços profundos.  O presidente da Ematerce levou à reunião a noticia de que deputados federais aplicaram 289 milhões das emendas parlamentares, em várias, mas nenhuma foi empregada no fortalecimento da Agroecuária no estado do Ceará, sugerindo a convocação destes parlamentares no Agropacto.

Para o presidente da Faec, Flávio Saboya, esse tema abre uma série de debates sobre a problemática da convivência com obsequiaríeis dentro Agropacto, informando que o poder público não fala e que não há ainda uma política de estado direcionada para a convivência com o semiárido, cobrou ausência das lideranças políticas, ninguém contesta esta realidade, as os únicos responsáveis por isso, somos nós mesmos, a FAEC está determinada e vai ficar em cima dessa questão, a presença do Zé Maria hoje abre uma serie de discussões, sobre este tema, disse Saboya. Segundo ela, a fragilidade das explorações dos rebanhos, acima de 200 cabeças, é grande, imagine junto aos pequenos e médios produtores, que representam. 90 por cento do Ceará vivem em condições desiguais.

Está na hora criarmos o programa “A hora de guardar”, porque ficamos esperando uma seca para guardar, nossa situação não é pior do que o Canadá, porque nós não mudamos? Qual a responsabilidade nossa sobre esse modelo de conservação e armazenamento de forragem? O problema do homem já esta resolvido, mas as atividades econômicas não, então a ideia dos hotéis fazendas que lançamos será uma alternativa viável.

Para o Presidente da Faec, todas as estatísticas apontam para um terceiro ano de seca, onde o vazio da aridez vai crescer, vamos ficar restritos aos Vale do Jaguaribe e do Acaraú, já estive na Cogerh, onde sugerimos conciliar a distribuição dos recursos hídricos, disse Saboya. Ele convidou a Ematerce para unir- se à Faec em busca dessas alternativas, na “quebra de paradigmas do homem,” a Ematerce pode fazer este trabalho, fazer uma revolução partindo de nós mesmos. O PECNORDESTE desse ano já está com uma ação voltada para a produção de forragem”, salientou Saboya.

Durante o Agropacto, o produtor de melão Carlos Prado, que esteve recentemente na Frutilogistica, em Berlim, na Alemana, falou da experiência de uma comunidade na Espanha- Murcia- onde as  chuvas ficam ao redor de 300 mm/ ano, sendo hoje a  região que mais produz frutas no Sul da Espanha. Como fizeram isso? Fizeram transposição, construíram mais reservatórios, investiram em reuso da água, e, o mais importante é que a a maioria da população vive no litoral, lá eles utilizam a água dessalinizada, então a dessalinização é uma realidade, para tudo tem uma solução, é preciso que os governos planejem para uma ação maior, disse Carlos Prado. Acho que o Ceará avançou muito, esta seca que nós enfrentamos não tem a mesma gravidade, mas nós precisamos de muito mais. Hoje, temos energia solar, eólica o quadro mudou muito, precisamos influenciar os políticos, se a esta água do São Francisco que escoa para o mar, não for utilizada para gear energia, mas somente, levar água para outros fina, seria uma boa solução para o semiárido, finalizou.

Ematerce comemora 60 anos

Na ocasião, Zé Maria Pimenta comentou os 60 anos da Ematerce que transcorre este ano e a sua contribuição ao desenvolvimento da agropecuária em nosso Estado. Segundo Reginaldo Lobo, diretor de agronegocio da Adece, Ze Maria é um cientista do sertão, e a Ematerce tem um trabalho histórico e de transformação no estado, dá sua contribuição. Segundo Zé Maria, agora mesmo o Governo está distribuindo 4 milhões de sementes levando a 130 milhões de agricultores. Os programas sociais estão sustentando o homem do campo e este ano 330 mil produtores se cadastraram para o seguro-safra existem mais de 50 programas e projetos à disposição do homem do campo.

Ao longo dos 60 anos da Ematerce, vamos comemorar com a implantação do nosso centro de gerenciamento, citando a silagem como ação introduzida pela equipe técnica da Ematerce, e o estágio de vacinação de febre aftosa só chegou aonde está por conta do trabalho da entidade,, afora o crédito emergencial que foi todo gerenciado pela Ematerce.

Debates

Paulo Jorge, diretor de agronegócio do Sebrae-Ce,observou que ainda existe a falta de preparo do produtor para a convivência com a seca, uma destas ações é a difusão da palma forrageira, da silagem, a lição é preparar o produtor para as próximas secas, com um sistema eficiente de utilização da água. Segundo Pimenta quem introduziu a palma no nordeste, foi Celso Furtado, primeiro superintendente da Sudene, e em Quixeramobim,em 1958, foi implantando 100 hectares de palma, o governo dava a palma e o arame, houve uma praga na lavoura, que dizimou as plantações em outros estados. De 58 para cá, não houve mais estímulos do governo, mas agora, teve inicio um novo trabalho de propagar canteiros de Palma, com 100 litros de água a cada 15 dias, é possível manter a cultura da palma no Ceará.

Erildo Pontes, diretor do Instituto Frutal, reforçou que os políticos deveriam vir ao Agropacto prestar contas com o setor, o que têm feito pelo setor rural, pois o crescimento deve- se mais a alguns lideres do agronegocio. Apoiou o desassoreamento de açudes, destacando que o Açude Araras, na Região Norte, pode ser recuperado e levar água para as manchas produtivas, dando resultados fantásticos, isso é convivência com a seca.

O representante do BNB, José Maria Ribeiro, sugeriu no discurso dos políticos, a transposição do Tocantins para o São Francisco. Franzé Ribeiro, secretário municipal de agricultura de Horizonte e presidente di Sindicato rural, lamentou não ter uma política de estado e o Zé Maria Pimenta, traz um exemplo prático que pode ser melhor aproveitado, programa de cisternas de enxurradas

Dados pluviométricos

O Ceará tem um histórico de 118 anos de estações pluviométricas, desde a época do império, o programa de açudagem também teve inicio com o açude do Cedro, e o primeiro observatório meteorológico do Brasil, foi em Quixeramobim, por isso o estado tem a maior série de prognósticos no país, lembrou o presidente da Ematerce, informando que depois foi implantando o radar metereológico, uma manda do então deputado federal Ciro Gomes.

Maiores secas

1915- 208 mm,

1914, 912 mm,

1919-281mm,

1954- 364,40 mm

1993-190,93 mm

1983- 281 mm

1994- 890 mm dentro da media

2012-274 mm

2013-600 mm

Se nos tivermos menos de 600 estaremos no terceiro ano de seca.

Anos mais chuvosos

1917-1.400 mm

1973-1.500 mm

Ultima década de 2000 a 2009 – 780 mm

Resultado

Em 50 anos antes- 720,29 mm

50 anos depois- 799,25 mm

Houve um aumento de 10% após a sua construção. O Castanhão, com série histórica de 10 anos naquela região, 10 anos antes chovia 626,90 cm, 10 anos, pois choveu: 720,23, com um aumento de 20%.

Em 118 anos de precipitações,

49 anos secos, 39 anos na media, 39 chuvosos.

Para isso, nós temos que construir açudes inteligentes, que enchem rápido são mais baratos, basta chover 200 mm de chuva para o açude encher.

Dr. Carlos Prado, produtor de melão, esteve agora na Frutilogistica, em Berlim, na Alemanha, vice-presidente da FIEC, falou da experiência de uma comunidade na Espanha, onde as  chuvas lá, ficam ao redor de 300 mm,onde Murcia, é a região que mais produz frutas no Sul da Espanha. Como fizeram isso? Fizeram transposição, construíram mais reservatórios, investiram em reuso da água, e o mais importante que a maioria da população vive no litoral, lá eles utilizam a água dessalinizada, então a dessalinização é uma realidade, então, para tudo tem uma solução, é preciso que os governos planejem para uma ação maior, acho que o Ceará avançou muito, esta seca que nos enfrentamos não tem a mesma gravidade, mas nos precisamos de muito mais. Hoje temos energia solar, o quadro mudou muito, podemos usar esta água do são Francisco que escoa para o mar, para gerar energia, e utilizar a água para outros fins, essa seria uma boa solução para o semiárido.

Agora mesmo o Governo está distribuindo 4 milhões de sementes levando a 130 milhões de agricultores. Os programas sociais estão sustentando o homem do campo. 330 mil produtores se cadastraram para o seguro-safra deste ano.

Ao longo dos 60 anos da Ematerce, vamos comemorar com o nosso centro gerenciador, a silagem foi uma técnica ensinada pela Ematerce,e o estágio de vacinação de febre aftosa só chegou a onde esta por cinta, afora o crédito emergencial que foi todo gerenciado pela Ematerce. Quem planta no sequeiro tem que conhecer a oportunidade da hora de plantar.

Paulo Jorge, diretor de agronegócio do Sebrae-Ce,observou que ainda há e a falta de preparo do produtor para a convivência com a seca, uma destas ações e a difusão da palma forrageira, da silagem, a lição é preparar o produtor para as próximas secas, com um sistema eficiente de utilização da água.

Zé Maria disse que quem introduziu a palma no nordeste, foi Celso Furtado, primeiro superintendente da Sudene, e em Quixeramobim,em 1958, foi implantando 100 hectares de palma, o governo dava a palma e o arame. Houve uma praga na lavoura, que dizimou as plantações em outros estados. De 58 para cá, não houve mais estímulos do governo, mas agora, teve inicio um novo trabalho de propagar canteiros de Palma, com 100 litros de água a cada 15 dias, é possível manter a cultura da palma no Ceará.

Erildo Pontes, diretor do Instituto Frutal, reforçou que os políticos deveriam vir ao Agropacto prestar contas com o setor, o que tem feito pelo setor rural, pois o crescimento do setor deve- se a alguns lideres do agronegócio. Apoiou o desassoreamento de açudes, destacando o Açude Araras, onde pode ser recuperado e levar para as manchas produtivas, dando resultados fantásticos, isso é convivência com a seca.

O representante do BNB, José Maria Ribeiro, Sugeriu no discurso dos políticos, a transposição do Tocantins para o São Francisco.

Franze Ribeiro, da Secretaria Municipal de Horizonte e presidente de Sindicato rural, lamentou não ter uma política de Estado.