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AGROPACTO: PESQUISADOR DA EMBRAPA APONTA NOVOS RUMOS PARA O AGRONEGÓCIO CEARENSE

O pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Agroindústria Tropical da Embrapa- CNPAT com sede em Fortaleza- Ce, e doutor em agronomia João Pratagil de Araújo, apresentou nesta terça- feira, 29 , durante a retomada das reuniões presenciais do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense- AGROPACTO um completo diagnóstico da agropecuária cearense, incluindo os 99 anos da política agropecuária do Ceará desde 1921, a criação do Pacto de Cooperação do Ceará, em 1991, no governo Cid Gomes, capitaneado pelo presidente do CIC, Amarilio Macedo, uma rede de cidadania constituída por pessoas interessadas em contribuir para que o Ceará viesse a ter um desenvolvimento includente, integrado e sustentável, abrangendo as esferas econômicas , social, politica , cultural e ambiental. Já em 1995, foi criado o Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense- Agropacto, pelo presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo Filho. Segundo Pratagil Araújo, na sua gestão Torres de Melo promoveu a condução e disseminação da missão maior que é ser um agente catalisador de energias e de pessoas, nas regiões produtoras do Estado do Ceará, que está tendo continuidade há 10 anos , pelo presidente Flávio Saboya. Sua palestra com o tema AGROPACTO: 25 ANOS – A visão de futuro 2020 e novas perspectivas para o futuro até o ano de 2050, trouxe algumas informações que considererou estratégicas e relevantes como uma retrospectiva histórica, os fundamentos que originaram o AGROPACTO que se inspirou no Pacto de Cooperação do Ceará, onde tivemos todo um processo de construção coletiva, de pautas que eram importantes para o desenvolvimento sustentável do Ceará.

Em todas as áreas da economia, agricultura, agroindústria, turismo, educação e ciência e tecnologia, que são áreas estratégicas para o nosso desenvolvimento, mostramos que o Pacto foi pioneiro para o planejamento estratégico com visão de futuro para o ano de 2020 e de como se sonhou um Ceará com um desenvolvimento sustentável, sem miséria e analfabetismo, com uma agropecuária sustentável, setores econômicos bem desenvolvidos e uma cultura exportadora que compõem todos os elementos que devem ser âncora para a geração de emprego, renda e maior equidade social.

Conforme disse Dr Pratagil, o AGROPACTO se inspirou nessa experiência e se desenvolveu nesses 25 anos e nesse período tivemos outras visões de futuro desenvolvidas através de três Conferências de Busca de Futuro que são a própria Conferência do Pacto de Cooperação do Ceará, depois a Conferência de busca de futuro da Agroindústria Tropical, também com o horizonte do ano de 2020, e mais recentemente, a Conferência de busca de futuro da fruticultura irrigada, com o horizonte de realização até o ano de 2026.

Nessa análise, que eu fiz, eu procurei avaliar se as realizações do Pacto de Cooperação obtiveram sucesso e nós constatamos que nas 33 visões de futuro, apenas uma se consolidou 100% que foi a fruticultura, como uma atividade exportadora, associada a outras iniciativas, que se concretizaram, mas não 100%, como a questão da agricultura irrigada, da irrigação, e a infraestrutura, porém ainda falta consolidar todas essas estruturas trazendo comunicação, a internet para o campo , a digitalização da agricultura e outros fatores, que deixam ainda em dívida como : a reforma agrária, a agro-ecologia,o desenvolvimento sustentável, que foram áreas que não tiveram um desempenho aceitável e satisfatório e ainda estão no início de uma ideia plantada pelos seus planejadores ., disse ele.

Então, nós temos ainda muito a realizar e a minha proposta para o AGROPACTO e para a Federação de Agricultura e Pecuária do Ceará é para aproveitem esses planejamentos estratégicos que estão disponibilizados para que se alinhem com o governo do Estado, a academia, universidades, institutos e centros de pesquisas e os empreendedores que atuam na agropecuária, logística e exportação para que possa fazer os 30 anos que nos distancia de 2050, em 5 anos , para que a gente possa realmente fazer uma revolução verde no estado do Ceará plantando a sustentabilidade com uma economia desenvolvida e igual para que todos os cearenses possam desfrutar da pontecialidade do crescimento econômico e socia, destaca o pesquisador João Pratagil .

SISTEMA DE INOVAÇÃO

Dentro do Sistema de Inovação da agropecuária cearense, João Praragil apontou os órgos que surgiram ao longo destes 25 anos, como o Instituto Agropolos, a Rede de Incubadoras de Empresas do Ceará, o PADETEC, o Instituto Federal de Educação, A Embrapa- CNPAT, a Brok Logistica, a Abrafrutas, e as Câmaras Setoriais e Temáticas da Adece, quando destacou o papel do então presidente da Adece, Francisco Zuza de Oliveira. Ressaltou também , uma pesquisa feita em 1997, por meio da consultoria da FreshConsult/Embrapa Agroindústria Tropical que resultou numa completa análise do sistema hortifrutícola do Estado e definiu os novos parâmetros de desenvolvimento.
A CONFRUTI Na Conferência de Busca do Futuro da Fruticultura Irrigada- COBFRUTI, realizada em 2005, foram estabelecidas metas e planos de ações setorias e temáticos, entre eles, ter o Ceará como grande polo de fruticultura no mundo, e recorde na produção de frutas.

Na visão de Futuro Agroindústria Tropical 2020, concensuadas por 13 grupos e mais de 100 participantes , o Ceará aparece com um grande fluxo comercial com o exterior, alto índice de ocupação de mão-de obra, polo exportador do conhecimento , fortalecimento da escola pública , melhor distribuição de renda, o desenvolvimento de polos agroindustriais no Nordeste, a elevação do PIB da agroindústria, e a fruticultura irrigada responsável pelo avanço da agroindústria no Nordeste, entre outros.

No final, ele disse que o grupo estabeleceu transformar o Plano 2050 em politica de Estado, lideradas pelo Agropacto. O Presidente da FAEC Flávio Saboya e coordenador do Agropacto , sugeriu formar um grupo de trabalho para estabelecer os novos horizontes do Agropacto até 2050 .