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Missão da FAEC conhece experiência do Pinhão Manso na Embrapa Agroenergia

byPriscilaBotelho (3)Uma missão técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, FAEC, composta por representantes dos Sindicatos dos Produtores de Canindé e Moraújo, do SENAR-CE, Adece e Sebrae, comandada pelo Presidente Flávio Saboya, esteve nos dias 16 e 17 de outubro últimos, na Embrapa Agroenergia, localizada em Brasília. O objetivo da missão foi conhecer as experiências desenvolvidas com o Pinhão Manso, uma cultura que tem grande capacidade de produzir energia, e que vem sendo pesquisada por aquele Centro da Embrapa. Segundo Flávio Saboya, os produtores rurais estão interessados em conhecer melhor o pinhão manso, e nesse sentido, alguns sindicatos rurais da Zona Norte, já participaram de um dia de campo no mês de agosto, na Fazenda Pinhão Manso, no município de Uruoca. Esse dia campo em agosto foi promovido pelos Sindicatos Rurais de Moraújo, Coreaú, Granja, Massapê, Santana do Acaraú e Canindé. Todo o projeto foi desenvolvido com o apoio do Sistema FAEC/SENAR e SEBRAE-CE. Além disso, o trabalho ainda contou com a participação dos seguintes convidados: Petrobras, Embrapa, SDA e Instituto Agropolos. O italiano Daniel Gallarati cedeu sua fazenda para o ocorrido evento.

Para Saboya as pesquisas com o pinhão manso estão muito avançadas e poderão dar uma garantia de boa produtividade, mas ainda precisam ser difundidas pela Embrapa. Como resultado da visita da comitiva ficou acertado a presença de técnicos da Embrapa AGRO-Energia ao Ceará, para conhecer os plantios já existentes, com a possibilidade de fazerem um acompanhamento bem comoa implantação de uma unidade de observação aqui no Estado. Já, o articulador de agronegócio do SEBRAE-CE, Paulo Jorge que integrou a comitiva à Brasília, disse que foi importante conhecer as pesquisas que estão sendo feitas com o pinhão manso como alternativa para o semiarido, sendo uma cultura totalmente adaptada á Região, mas que só apresenta resultados a longo prazo. Segundo ele, em trinta hectares de área é possível o produtor tirar uma renda de até R$ 30 minerais/ano, a partir do quinto ano, podendo ainda consorciar o pinhão com o feijão e abelha, reduzindo assim os custos de produção.

O pinhão manso é uma planta pouco conhecida no Ceará, porém, com muito potencial. Na região cearense, tem-se como objetivo o plantio para reflorestar áreas degradadas e levar desenvolvimento a uma região necessitada através de um projeto sustentável. Do pinhão é extraído um óleo através de simples processos de filtragens e decantações, e logo após esses acessíveis passos, o óleo já pode ser comercializado. Isso mostra o quanto a semente pode ser vantajosa para áreas mais carentes e com pouco índice de desenvolvimento. Além do fácil processo de extração do óleo, a planta ainda tem vantagens como ser extremamente resistente à falta de água, não precisando ser feito investimento na área de irrigação e mais, não é comestível, por isso não terá problema de concorrência dentro da cadeia alimentar.

O projeto também trará outros benefícios nas cidades que receberão o plantio do pinhão-manso. O programa de reflorestamento sustentável em áreas degradadas irá incentivar a produção e a comercialização do mel de abelha Jandaíra, a implantação de hortas, o desenvolvimento da cera de carnaúba, e a produção e venda de mudas das plantas nativas da região. Além dos quesitos econômicos, os aspectos sociais também são vistos e levados em consideração pelos desenvolvedores do projeto. As plantações vão ocorrer principalmente em regiões muito carentes, onde não se possui água, luz e as casas ainda são construídas com barro. Com esse investimento, as pessoas poderão ter a oportunidade de emprego e de crescimento, para a manutenção de suas famílias. O projeto também tem papel de agente de uma mudança positiva na vida dos habitantes da região escolhida, levando esperança para aqueles que vivem com tão pouco.

O programa espera desenvolver as regiões necessitadas e ser visto como algo que favorece não só pequenos nichos, mas uma comunidade por inteiro, um projeto que possui respeito social e ambiental para com o cenário regional e nacional.