A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e o Instituto CNA (ICNA) realizaram, em 11 de outubro, o Dia de Campo do Projeto Forrageiras na Fazenda Floresta, no município de Ibaretama. A atividade contou com o apoio técnico da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e teve como objetivo apresentar os resultados da fase 2 da unidade de referência tecnológica (URT) de Ibaretama.
Os dados servirão como base de informação para técnicos e pecuaristas na seleção de forrageiras mais adequadas às condições específicas da região e de maior eficiência produtiva. A meta da Faec é levar o projeto a 2 mil propriedades rurais, implantando 1 hectare em cada uma delas.
“A nossa maior dificuldade está relacionada à disponibilidade de alimento para os rebanhos, mais do que a disponibilidade de água”, destaca o presidente da Faec, Amílcar Silveira. “Queremos que o produtor tenha um banco de forrageira e, assim, possa se preparar para os períodos de seca”.
Durante o evento, Alenilda Carvalho, supervisora do Projeto Forrageiras para o Semiárido do Instituto CNA, enfatizou a importância de garantir aos produtores pastagens sobretudo nos períodos de estiagem. “O projeto demonstra que a pecuária é viável mesmo em condições adversas”, disse.
O Dia de Campo, direcionado a pecuaristas, técnicos e estudantes, foi estruturado em quatro estações: (1) avaliação e manejo sanitário dos animais; (2) formas de propagação da palma forrageira e seu fornecimento a ruminantes; (3) sistemas de pastejo; e (4) produção e conservação de forrageiras anuais (silagem).
O evento contou com a presença de Carlos Bezerra, superintendente da Faec; Eduardo Barroso, supervisor técnico do Senar Ceará; Carolina Machado, coordenadora da Bovinocultura do Senar Ceará; e Giovani Rodrigues, técnico de campo responsável pelo projeto. Também estiveram presentes representantes da Embrapa, técnicos de campo, produtores rurais e estudantes.
O Projeto Forrageiras visa promover a sustentabilidade da pecuária no semiárido, contribuindo para a segurança alimentar e a melhoria das condições de vida dos produtores da região. A troca de experiências durante o Dia de Campo reafirmou a importância da pesquisa e da capacitação técnica para o desenvolvimento da agricultura familiar e a resiliência do setor no Ceará.
