Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará

AGROPACTO DISCUTE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA E A META É ATINGIR 95% DO REBANHO

DSC_1944A segunda campanha  estadual contra  a febre  aftosa no Estado do Ceará , teve inicio  no ultimo dia primeiro de novembro, devendo prosseguir  até o dia 30,  quando a  Agência de Defesa Agropecuária do Estado- ADAGRI-, pretende imunizar  85% das propriedades rurais e 95% do rebanho. Hoje, o  censo  da Agência   indica que o Estado  possui um plantel de 2 milhões 441 mil cabeças de bovinos, 1 milhão  de cabeças  de caprinos, , 2 milhões  de ovinos,  1 milhão e cem cabeças de suinos e 400 mil de equinos, que devem ser vacinados.   A primeira etapa realizou-se em maio deste ano.

 

Estas e outras Informações  foram repassadas  pelo Presidente da ADAGRI, Francisco Augusto de Souza  Junior,  que ministrou hoje, 8, uma  palestra na reunião do Pacto de Cooperação  da Agropecuária do  Estado- AGROPACTO, sobre as ações da ADAGRI no combate  a febre aftosa, quando apresentou o Programa Estadual de a Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa, que realiza além das campanhas de vacinação , faz vacinação assistida  nas propriedades rurais,  controle no trânsito dos animais através da expedição da GTA- Guia de Trânsito Animal, palestras, fiscalização em feiras e Eventos Agropecuários. Todo esse trabalho vem sendo feito desde 2009, quando o Ceará tinha um índice  de Cobertura vacinal de 88,49%, chegando a 2016, com o índice de 92,08%.

 

DSC_1954Hoje,  o Ceará  tem  o status de ” zona livre com vacinação”, havendo necessidade de uma permanente fiscalização e controle, pois pretendemos manter OS índices acima de 99%, para em três anos pleitearmos o status de ” Zona Livre de Febre Aftosa, sem vacinação, disse Augusto Júnior . Hoje, o único  estado do Brasil que tem  este status é Santa Catarina.  O Presidente da ADAGRI informou também que já requereu ao Ministério da Agricultura- MAPA, para que a partir de 2017, na segunda etapa , ou seja, no mês  de novembro,  sejam  vacinados apenas os  animais de  zero a 24 meses, mantendo a vacinação de todo o rebanho no mês  de maio.

 

Segundo ele,  no mês de novembro, o índice de vacinação cai, por isso, precisamos do apoio de todas as instituições  envolvidas com a pecuária, conscientizando os produtores de que è uma necessidade manter o rebanho vacinado , alertando ainda para doenças como a tuberculose e brucelose, que são transmitidas para o homem, através do consumo da carne e do Leite.Uma vez detectado o vírus da febre aftosa, todos os animais da fazenda  são  sacrificados, sendo feita ainda uma vistoria nas propriedades, num raio de até três quilômetros, informou Augusto Júnior. A multa por animal não vacinado è de R$20,00 por animal, e a vacina por animal custa apenas R$2,00. ( dois).

 

Augusto Júnior, fez questão de ressaltar que a ADAGRI é parceira do produtor rural, mas TEM que agir com rigor, quando detecta a doença, em beneficio dos demais produtores que cumprem todas as regras e da Saúde da população.

 

DEBATES

Durante os  debates que foram conduzidos pelo coordenador em exercício do AGROPACTO,Paulo Hélder de Alencar Braga, os  produtores e presidentes de associações  de criadores manifestaram suas opiniões sobre a atuação da ADAGRI. Paulo Hélder Braga que è superintendente do Senar e o Diretor Técnico , Eduardo Queiroz, destacaram a importância do trabalho da ADAGRI, colocando as atividades do Sistema FAEC/ SENAR- CE, como as capacitações , para que a Agência  possa esclarecer aos produtores sobre as ações , Benefícios e punições, visando  manter e até aumentar o índice de Cobertura vacinal .

 

Os Presidentes dos Sindicatos Rurais de Ibaretama,Carlos Bezerra, de Piquet Carneiro, Erivando Maia e de Quixadá,  Fausto Fernandes, presentes ao Encontro do Agropacto foram unânimes em informar que a ADAGRI precisa fazer um trabalho educativo com os  produtores rurais. O Presidente da Associação dos Criadores do Ceará, Sergio Fonteles, do Clube do Berro Amilcar Silveira, e da APROLECE – Associação dos Produtores de Leite , Cláudio Teófilo, bem como, o representante da  FIEC, Bessa Junior, o Diretor da SEAPA,  também manifestaram suas opiniões todas apontando para um programa mais educativo do que punitivo, pois segundo eles,  ainda há  uma rejeição do produtor, com relação a forma de atuação dos fiscais, mas concordam, que a melhor maneira é pelo esclarecimento.